19 de fevereiro de 2011
Nosso primeiro beijo foi tudo, menos leve. Sua boca se chocou contra a minha como se a vida dele dependesse disso. Will apertou minha cintura com uma pegada que eu nunca imaginei que ele pudesse ter. Quando sua língua pediu passagem, eu cedi e derreti. Milhares de fogos de artifício explodiram no meu peito quando ele roçou nossas línguas e sugou delicadamente.
Apertei seus ombros e correspondi a intensidade. Colei meu corpo ao dele como se fôssemos apenas um e puxei os fios de sua nuca. Um ruído molhado se fez presente quando nos separamos vagamente. Arfei e o beijei de novo, totalmente entregue às sensações e ao momento. O loiro deslizou as mãos para minhas costas.
Senti-o descer, apertar minha bunda e segurar minhas coxas. Com um pulo, entrelacei minhas pernas na sua cintura e separei o ósculo, beijando seu pomo-de-adão e seu pescoço. Sua boca tem um gosto doce, como de morangos e sorvete de creme. Sua pele cheira a protetor solar e está fria por causa do ar da noite, mas geralmente exala calor.
Sinto a maciez dos meus lençóis nas minhas costas e Will se põe em cima de mim, entre minhas pernas. Me beija outra vez, mais suave e ávido. Seus dedos passeiam pelo meu quadril agora, se aventurando lentamente para dentro da minha camisa.
一 Pode tirar, se quiser. 一 Suspiro, apertando seus cachos entre meus dedos.
Ele fecha os olhos e faz uma trilha de beijos, descendo pelo queixo até o pescoço e sobe até minha orelha. Estou arrepiado da cabeça aos pés antes mesmo de ele ofegar no pé do meu ouvido. Meu. Deus! Acho que eu vou enlouquecer.
一 Porra, amor. Eu posso... tirar a sua roupa toda? Posso te tocar, te beijar, te... devorar?
Caralho... Acho que eu vou é morrer.
一 Claro que pode, Willie. 一 Encontro voz pra dizer. 一 Pode fazer o que quiser.
Will geme contra a pele abaixo da minha orelha, os dedos se cravando na minha pele como se quisesse se firmar em alguma coisa. Sinto seu pau endurecendo através das roupas e sinto-me salivar só de pensar. Merda... O que eu tô me tornando?
Ajudo-o a tirar as minhas e as roupas dele com calma e ansiedade crescente. Quando ele tira a cueca, fico um pouco tenso. Seu pau é maior do que eu imaginava e me preocupo com o quanto pode doer. Talvez eu precise de muito mais preparo físico e mental do que eu já supus precisar se eu quiser dar pra ele.
Ele percebe a preocupação em meu rosto e me beija delicadamente, fazendo um carinho na minha cintura. Seguro seu pescoço e aprofundo o ósculo. O beijo se desfaz com um som molhado e ofego quando sinto sua pele morna se esfregando contra a minha. É muito gostoso.
一 Você vai enfiar? 一 Pergunto como quem não quer nada.
Sinto-o sorrir contra minha boca.
一 Você está muito tenso desde que viu meu pau. 一 Meu rosto fica quente e ele ri. 一 Podemos tentar outro dia. Pra hoje eu tenho outra ideia.
Arqueio uma sobrancelha, que se franze quando uma onda de prazer percorre meu corpo. Will me apoia melhor na cabeceira da cama, colocando um travesseiro nas minhas costas, antes de encostar seu pau no meu e masturbá-los juntos.
O gemido que escapa da minha boca soa um pouco alto aos meus ouvidos, mas não consigo evitar. Meu corpo parece em brasas quando ele move a mão desse jeito. O pré-gozo que nossos membros soltam faz a mão dele deslizar mais fácil, tornam a masturbação mais fácil. Finco as unhas num dos ombros de Will, movendo meu quadril para gerar mais atrito.
Meu namorado geme, roçando seus lábios nos meus. Porra, eu vou gozar. Posso gozar só com a sensação de seu pau contra o meu, sua mão e sua respiração contra minha boca. Posso gozar só com esse esfregar de pele, com esses beijos lentos e os gemidos que vem do fundo da garganta.
Vou morrer, com certeza.
Will me beija profundamente, acelerando seus movimentos. Gemo em meio ao beijo e me contorço sob o toque dele, incapaz de não reagir ao prazer que me come vivo. Meu corpo se move sem que eu pense em me mover, respondendo às carícias. Sinto que vou explodir. São muitas sensações, muitos arrepios, muito prazer.
Não consigo pensar em mais nada. Na escuridão dos olhos cerrados, só penso em Will. Chamo o nome dele no meio dos gemidos. Ele geme meu nome em resposta, move a mão com mais intensidade, tudo fica mais molhado. Sinto arrepios em todo o corpo antes de gozar, mordendo o ombro do loiro para ter onde me firmar.
Sinto seu aperto firme em minha coxa, como se estivesse gravando a marca de seus dedos nela. Sinto um líquido quente escorrer até minhas coxas. Sinto sua respiração descompassada e seus beijos carinhosos no meu pescoço. Sinto o peso de seu corpo contra o meu. Sinto a segurança de seu abraço.
Tento não me preocupar, tento apenas me aconchegar no meu namorado e dormir. Mais tarde eu vou conseguir resolver as coisas. Ninguém mais vai saber. Ninguém precisa saber.
💔❤️🩹💖
Quando eu acordo, às cinco da manhã, preciso me preocupar com muitas coisas. Acordo Will e o expulso do meu quarto, coloco os lençóis pra lavar, arrumo a bagunça que ficou a minha cama e visto um moletom pra disfarçar as mordidas no pescoço e nos ombros.
Leo me manda uma mensagem assim que acorda, perguntando se Will me mandou alguma coisa que contasse como resposta ao selinho que dei nele. Puta merda, se ele soubesse...
Bianca me olha com uma cara esquisita quando peço a base dela emprestada, mas me dá mesmo assim. Hazel fica com pena de mim e passa uma maquiagem na minha pele pra ocultar os chupões, mas me provoca muito quando faço meu alongamento para a coluna e quando estendo a roupa no varal.
Papai parece perdido durante o café da manhã e quase me compadeço dele, mas lembro que ele me colocaria de castigo por semanas se descobrisse que deixei Will entrar no meu quarto de madrugada e principalmente se soubesse o que fizemos depois que ele entrou.
Na escola, ainda estou de moletom porque uma das mordidas ficou impossível de disfarçar com maquiagem. Para a minha sorte, é mais pro final do ombro, então consigo ocultar sob o casaco sem muitos problemas. Leo me chama pra ir no banheiro antes do fim do intervalo.
一 E aí? 一 Pergunta depois de termos certeza de que estamos sozinhos. 一 Ele falou algo?
一 Ele foi na minha casa, à meia-noite.
一 Sério? Como foi?
Puxo a gola do moletom de lado, expondo a mordida. Leo cobre a boca.
一 Puta que...
一 Eu sei. 一 Ajeito a gola novamente.
一 Vocês...?
一 Não exatamente. Tocar conta?
一 Eu acho que conta. 一 Respondeu com um olhar malicioso. 一 E olha que você só queria um beijo, hein.
一 Porra, nem me fale.
一 E aí?
一 Melhor beijo da minha vida.
Leo gargalha e o sinal toca.
一 Vamos pra sala logo. 一 Eu chamo, já perto da porta do banheiro.
一 Vai rolar outro beijo hoje à noite? 一 Pergunta, sugestivo.
一 Quem me dera...
Rimos e vamos para a aula de História.
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