Em Brasas - XII - todas elas, junto com


 


 Depois de uma exaustiva semana de provas avaliativas, Nico e Will só queriam tirar o sábado e o domingo para descansar. Ambos queriam usar esse tempo para relaxar e fazer coisas mais leves. Entretanto, eles são amigos de Leo Valdez, um rapaz que está exigindo muita atenção deles depois que terminou com o namorado. 


— A gente deveria ir ao cinema. — Sugeriu Leo, sentando ao lado de Nico enquanto Will conversava com Jason. — O que você acha?


 O moreno estava comendo o sanduíche que o Solace faz pra ele e ergueu a mão pra indicar que ele deveria esperar. 


— É uma boa. — Respondeu ao engolir. — Quando?


— Sábado à noite. 


— Tá bom. 


— Mas vai ser só nós dois. 


— Ok. Vai ser legal.


 Eles deram um high-five, animados com a perspectiva de sairem juntos depois de tanto tempo. Leo se sentia chateado e deixado de lado desde que o início da amizade de Nico e Will. O sentimento se inadequação piorou quando eles começaram a namorar, vários meses depois. O rolê deles parecia um jeito de consertar as coisas. 


— Ei, pessoal. — Jason se sentou a mesa. — Vocês ficaram sabendo que o Percy é bi? 


 Leo revira os olhos. 


— Claro! É basicamente o único assunto hoje. 


— Um passarinho me contou... — Nico sorriu com um ar misterioso. — ... que o Jackson está transando com você.


 O Grace arregala os olhos, se engasgando com a própria saliva e tossindo. 


— Quem é esse passarinho? 


— O chupão no seu pescoço. — Responde ao dar de ombros, se divertindo com a reação.


 Will mordeu o lábio para conter o sorriso e Di Angelo se pegou observando.


— Mas e você e Will? Estão transando ou não? 


 Nico corou, deixando seu refri de lado.


— Não é da sua conta, Grace.


— Vocês estão!


 O casal trocou um olhar significativo. A última vez que tentaram foram interrompidos, mas isso não fez o desejo deles sumir ou diminuir. Eles tentariam de novo outra hora. Com certeza tentariam.


— De novo: Não é da sua conta, Grace. 


— Você acha mesmo que eles transaram? Claro que não. — Diz Leo. — A gente teria ouvido a, tipo, quilômetros de distância.


— Leo! 


 Jay cai na gargalhada e Nico se inclina sobre a mesa para bater nele. 


• • •


— Nico, eu vou sair com Tha e Rey. — Avisou Bianca, passando um batom em frente ao espelho do banheiro. — Volto só às duas da manhã.


 O moreno. Olhou discretamente o relógio, que marcava 18:53. O rapaz sabia que deveria pelo menos tentar manter a pose de irmão mais novo que superprotege a irmã, mas sabe que Reyna e Thalia tem mais parafusos que Bia jamai teve na vida. 


— Tá bom. Use proteção.


— Você também. — Ela sorriu, maliciosa. — Coloquei algumas camisinhas na sua cômoda. 


 Nico corou e a encarou, fazendo cara de bravo. Bianca riu, bagunçou o cabelo dele e saiu. O jovem Di Angelo resmungou um pouco, indignado. Ao mexer no celular, achou algumas mensagens empolgadas de Leo sobre o cinema. Aí a tela ficou preta do nada.


— Porra, nem fudendo que descarregou.


 Ele se levantou num pulo, pôs o celular pra carregar e começou a se arrumar, já que ele precisaria sair de casa às 19:30. Vestiu sua calça jeans preta, camisa preta, tênis preto e pegou um casaco roxo. Ajeitou o cabelo e passou um perfume, procurando um colar diferente pra complementar o visual. 


— Ui, que gato. 


 Di Angelo se virou rápido, dando de cara com Will encostado no batente da porta. Ele usava uma bermuda, camisa regata e os cabelos estavam definidos e molhados. Parecia recém-saído de um banho. 


— Willie... O que você...?


— Vim assistir aquele filme que a gente comprou o DVD semana passada.


 O moreno passou as mãos pelo rosto, se xingando.


— O que foi? Algum problema? 


— Eu... Tinha marcado algo com Leo. Mas tá tudo certo. Eu aviso pra ele depois.


— Se você acha que é melhor assim...


— Eu acho. — Disse, tirando os tênis. — Quer que eu faça pipoca para o filme?


• • •


 Já passava das oito e o filme Jumanji estava perto de acabar. Nico estava de moletom r cueca sob as cobertas, de propósito para atiçar o namorado. Todas as janelas e portas trancadas por dentro. Cortinas fechadas. O filme nem importava mais. Will fingia prestar atenção na tela enquanto sua mão deslizava entre as coxas nuas do moreno. Um convite. 

 Nico subiu no colo do Solace em tempo recorde, encaixando-se perfeitamente entre as pernas do namorado. Will rapidamente agarrou a cintura dele, fazendo-o rebolar de leve. O suspiro que escapou de ambos os fez tremer. Beijaram-se com pressa, como se tivessem esperado tempo demais. 


— Porra, meu sol. — Ofegou Di Angelo quando o loiro apertou sua bunda. — Assim você me mata. 


— E pensar que eu tenho que preparar você antes também está me matando. 


 A bermuda dele voou para longe de seu corpo, dando acesso total ao membro desperto. Nico também se livrou de sua cueca logo. 


— Não precisa. Me preparei no banho. 


 Solace riu contra a pele do moreno, erguendo o moletom dele.


— Por isso a demora. Camisinha? 


— Dentro da fronha. — Respondeu, rebolando e gemendo. — No travesseiro que te dei. 


 Will colocou a camisinha o mais rápido que podia, dando espaço e apoio logo depois para que Nico se posicionasse como se fosse mais confortável. Demorou um tempinho até que ele se acostumasse e começasse a arriscar alguns movimentos, suspirando e ofegando a cada um deles. O loiro auxiliou, uma mão no quadril e outra em uma coxa. 


— Eu estive pensando... Caralho, Neecks! 


— Pensando? A-gora? 


 Ambos gemeram quando Di Angelo experimentou quicar, estremecendo com a sensação.


— É... um pouco difícil pensar, mas... eu ando imaginando nosso casamento.


 O moreno gemeu mais alto, movimentando-se com mais ritmo e força. Estava aos poucos criando confiança, se alegrando com a expressão de prazer e devoção do namorado. Beijou-o longamente, rebolando pra cima e pra baixo. 


— Anda pensando em casar comigo, meu Willie? 


— Oh, pra caralho. 


— Quando exatamente?


— Assim que a gente ficar maior de idade. Quero ser seu marido, ter uma família com você. 


 Nico beija o pescoço do loiro, agarrando o ombro dele quando o mesmo começa a se movimentar por conta própria. 


— Fico feliz... porque quero... o mesmo. 


— Quantos filhos? 


— Céus, Willie! Dois. Talvez três.


 Eles se beijaram em meio aos gemidos. Cada estocada levava-os lentamente ao orgasmo. Suor escorria entre seus corpos. 


— Porra, Neecks. Eu mal posso esperar pra gente casar e eu te fazer meu. 


— Mas eu já sou. — Gemeu. — Eu já sou seu. 


— Meu, Neecks. 


 O tempo pareceu parar enquanto eles gozavam juntos, presos naquele momento mágico pelas mãos entrelaçadas. Eles consolidaram melhor seus planos para o futuro durante o banho e continuaram conversando ao deitarem para dormir. Felizes e sonhadores. 

 Entretanto, nada daquilo importaria. 

 Já que... 

 Will morreria uma semana depois. 



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