No dia seguinte, Will sentou ao meu lado e foi minha dupla no teste de matemática. Forçou-me a responder algumas de suas perguntas, empolgado a cada vez que eu cedia e lhe contava alguma coisa. Ele tem um sorriso bonito e acolhedor. Tudo nesse garoto é aconchegante. É irritante!
As pessoas nos observavam de longe, surpresas por eu ter alguma companhia em muito tempo. Durante o intervalo, comi enquanto ele me mostrava suas músicas favoritas. Senti vontade de ficar sozinho, de me esconder de tudo, mas não podia. Aquele loirinho ficou colado em mim o dia todo, tentando me amansar aos poucos, como disse que faria.
Ao longo de duas semanas, estas que demoraram a passar, me permiti gostar da presença dele. Gostei de tê-lo comigo. Antes eu considerava a solidão minha maldição pessoal, agora vejo como algo que não consigo mais suportar. Não quero mais estar sempre envolto nessa escuridão.
Eu não quero mais estar sempre sozinho.
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