All-star e roupa gótica -- III -- Gosto das suas luvas -- (-Wil-)

 



 Fazia três dias que eu estava na escola estudando de manhã e as pessoas pareciam curiosas ao meu respeito, mas poucos se aproximavam e conversavam comigo. Acho que porque fui acolhido por um trio bem peculiar composto por Nico, uma espécie de elfo latino e o capitão do time de vôlei. Nem eu acreditei quando o cara que flagrei na sala me chamou para passar o intervalo com ele no meu segundo dia convivendo com aquele povo.


一 Ei, cabelo de anjo.


 Franzi o cenho, erguendo o rosto para encarar quem havia me chamado. Era um garoto latino de cabelos escuros e encaracolados, orelhas pontudas, magro e olhar agitado. Vestia uma camisa laranja, calça jeans e tênis esportivo, provavelmente para educação física. Era o mesmo garoto que eu havia "flagrado" no dia anterior furtando uma mochila.


一 Precisa de algo? 一 Disse com educação, fechando o livro que lia para escutá-lo sem distrações.


 O sorriso em seu rosto dobrou de tamanho.


一 Ouvi coisas boas de você, er... Qual seu nome?


一 Will, prazer. 一 Estendi a mão para ele.


一 Sou o Leo. É um prazer. 一 Ele apertou a minha. 一 Indo direto ao ponto, gostaria que você viesse se sentar comigo e com o meu grupo no recreio.


 Achei estranho. Tinha algumas pessoas observando nossa interação de longe. Eu tinha uma leve noção por causa da reação dos outros que aquele tal de Leo me cumprimentando é popular, mas não parecia arrogante. Sua escolha de palavras, microexpressões faciais, tom de voz e linguagem corporal era aberta e acolhedora, me dando boas-vindas.


一 Ok... São muitas pessoas?


一 Eu, Nico e Frank, apenas.


 Fingi normalidade, mas por dentro eu mal podia acreditar que ia sentar  na mesma mesa que o meu crush platônico (platôNICO, senhor da glória) e talvez falar com ele. Caso não tenham notado ou eu não tenha deixado claro, sou do tipo que surta em silêncio e analisa a situação. Não sou do tipo que se estressa fácil ou com qualquer coisa e isso é uma característica do meu fechamento emocional. Não saio da minha zona de conforto com frequência, mas estava disposto a dar uma chance a Leo, tanto por amizades novas quanto por Nico.


一 Certo, eu sento com vocês no intervalo.


 Leo assentiu com a cabeça e me deu um tapinha no ombro, o que me surpreendeu.


一 Te vejo lá. Não esqueça, viu?


 Sorri, pensando que não seria capaz de esquecer nada que envolvesse uma certa pessoa.



☀         ✲       ☀



 Depois que Leo se despediu de mim e foi para a sua sala, várias pessoas vieram perguntar se eu o conhecia e se éramos amigos. Respondi a todos que apenas o tinha visto por aí e coloquei meus fones para não ser incomodado. O livro até que estava interessante, mas eu não conseguia me concentrar, me questionando por quê Leo me chamara.

 As três primeiras aulas custaram a passar. Foram as duas horas e vinte e seis minutos mais lentas da minha vida. Quando o sinal tocou, demorei um pouco para guardar minhas coisas mesmo com bastante ansiedade para chegar ao refeitório. Peguei meu livro, O Mundo de Sofia, e fui um dos últimos a sair, indo em direção ao pequeno "pátio" coberto da escola.

 O lugar era basicamente uma espécie de local de piquenique com uma lona enorme protegendo tudo. Haviam várias mesas: Umas de pedra e outras de madeira pequena ou grandes. Um caminho de cimento percorria cada uma delas e tudo se conectava da porta até onde distribuíam o lanche para quem não trazia ou não comprava fora.

 Fui até a fila, que, para a minha surpresa, não estava muito comprida. Não tive que esperar muito. O lanche do dia era pão com ovo e suco de abacaxi. Aparentemente podia repetir, pois tinha gente pegando uma porção e voltando ao final da fila. Saí com a minha porção, olhando em volta na esperança de avistar Leo ou Nico. Estava quase desistindo quando vi que o primeiro citado vinha em minha direção.


一 Ei, cara. 一 Ele sorria. 一 Cê veio mermo.


 Ele pegou o meu copo de suco, o que me ajudou a segurar o livro e o sanduíche, e me guiou até sua mesa, no canto do pátio. Leo se sentou ao lado de um garoto asiático alto e forte, que me cumprimentou educadamente. Sentei ao lado de Nico, ao qual não me olhou muito. Por outro lado, percebo que ambos estávamos constrangidos um com o outro.


一 Aqui teu suco. 一 Disse o elfo do Papai Noel. 一 Precisam doar coadores para essa escola, véi. Né possível.


一 Ãn... obrigado.


一 Um conselho: Traga lanche para escola ou não coma nada. Sou Frank, Frank Zhang.


一 Will Solace.


 Mordi meu lanche.


一 Este é Leo Valdez. 一 Apontou o latino com o queixo, um leve sorriso no rosto.


 Frank parecia um cara tranquilo, na dele. Meu santo bateu com o dele imediatamente.


一 Solace? 一 Perguntou Leo, sorrindo.


一 Leonidas Valdez. 一 Censurou-o Nico.


 Esperei pela bomba assim que o moreno ao meu lado pronunciou o nome completo do amigo na presença de uma pessoa semi-desconhecida, mas ele não se acanhou e sorriu ainda mais travesso. Distraidamente encolhi os ombros diante do seu olhar de criança arteira vendo a possibilidade de aprontar uma daquelas que ninguém jamais seria capaz de esquecer.


一 Como separa as sílabas do seu sobrenome? É separado como "Sol-ace"?


Não responda. 一 Nico me advertiu, olhando-me nos olhos enquanto enfatizava as palavras.


 Franzi o cenho, curioso. Acho que me perdi nos olhos dele por um momento, admirando-o em silêncio. Marrom escuro é a minha nova cor favorita.


一 So-la-ce.


一 Dó. 一 Completou Leo, rindo em seguida.


 Frank cobriu o rosto de vergonha e Nico revirou os olhos ao passo que a expressão em minha face se tornou ilegível. Não gosto que brinquem com meu sobrenome. É algo delicado pra mim. Não comento muito sobre por questões pessoais.


一 Olha o que você fez. 一 Disse o Zhang, irritado. 一 Ofendeu o cara. Você não presta, Leonidas.


 O sorriso de Valdez perdeu a intensidade.


一 Desculpe, eu não resisti a oportunidade. 一 Ele parecia meio sem jeito. Não o encarei.


一 Perde amigos, mas não perde a piada. 一 Nico zombou, irônico. 一 Foi dessa maneira que perdeu a confiança de Connor, seu grande idiota.


 Leo se encolheu em seu lugar.


一 Connor? 一 Questionei a Nico.


一 Meu ex-namorado. 一 Respondeu o latino.


 Calei a boca e não fiz mais perguntas. Eu me sentia um idiota por me ofender com uma piada tão boba, mas não conseguia achar graça naquilo. O grupo ficou quieto por longos minutos. Mexi um pouco no meu livro, chamando a atenção do moreno ao meu lado. Ele me olhou e levou a mão ao item que eu mexia, com se pedisse permissão. Concedi.


一 Gosta de ler? 一 Ele perguntou, olhando a capa.


一 Nas horas vagas. Mas e você?


一 Gosto mais de filmes. Sou mais visual. 一 Disse, colocando o livro na mesa e lendo a sinopse.


 Sua expressão concentrada e extremamente atraente. Guardo bem a informação sobre filmes e ele ser mais visual. Estou cogitando a ideia de que ele é um anjo caído disfarçado de adolescente. Ele é lindo, educado, irônico e interessante. Estou me apaixonando por ele sem nem ao menos tê-lo tocado. Nenhum abraço, não encostei ou sequer esbarrei nele sem querer. O quão trouxa eu sou?


一 Qual seu gênero favorito?


一 Ficção científica. E o seu?


一 Gosto mais de terror. 一 Pronuncia, voltando a me encarar profundamente.


 Seu olhar é bonito, intenso. Parece que ele enxerga a parte mais escura do meu passado e sabe como eu me sinto, mas não fico incomodado com essa sensação. Me sinto em paz e que posso confiar nele para qualquer coisa, seja lá o que fosse. O silêncio entre nós era confortável, só que eu não queria que ficasse assim o tempo todo. Pensei um pouco.


一 Me indica um?


 Nico pareceu meio confuso.


一 Um o que? 一 Sua voz tremulou um pouco.


一 Um filme que você gosta. De preferência, um que seja baseado em livro para que eu possa lê-lo antes.


 Apoiei os cotovelos na mesa enquanto entrelaçava as mãos e o encaro intensamente. O rosto do moreno adquiriu um tom muito leve de rosa, ao qual não teria percebido se não o estivesse observando e analisando com tanta atenção. Infelizmente, o sinal tocou alto, anunciando o fim do intervalo e do meu tempo com Nico.


一 Não consigo pensar me nada por agora. 一 Respondeu rápido. 一 Mas assim que lembrar de algo bom, te aviso. Posso te acompanhar até a sala?


 Sorri, começando a aceitar que Nico Di Angelo, o emo popular, estava demonstrando interesse por mim. Não somos da mesma turma, sequer do mesmo corredor, mas era uma oportunidade única.


一 Claro. 一 Aceitei, me levantando.


 Andamos lado a lado, Frank eventualmente me perguntando algo básico. Leo foi direto para sua sala, que é a mesma do Di Angelo. O Zhang é de outra, algumas portas antes da minha. Depois de o entregarmos ao professor de Biologia, era só eu e Nico, sozinhos. Era a minha chance de mostrar interesse. Peguei sua mão, o que o surpreendeu, e a olhei na minha. Ele é menor do que eu em quase tudo.


一 Gosto das suas luvas. 一 Sussurrei, encarando-o em seguida.


 Nico ficou sem palavras, como se não esperasse que eu fosse fazer algo assim. Fiquei satisfeito com sua reação. Aí chegamos na frente da minha sala.


一 Cheguei a uma conclusão. 一 Disse, de repente.


一 Qual?


 Ele pôs um celular na minha mão. A capinha era preta e tinha um esqueleto com as cores da bandeira bi dançando. O celular dele.


一 Preciso do seu número. 一 Sorria de um jeito como se tivesse jeito algo que gostasse.


 Retribui e pedi para que ele desbloqueasse.



☀             ✲           



 Pulamos um pouco no tempo, faz mais de um mês desde aquele dia e sexta-feira passada aconteceu algo que eu preciso contar. Primeiro, vou lhes dar o contexto da situação. Minha relação com Nico beira a flertes virtuais e muito toque físico pessoalmente. Nos damos bem mesmo com algumas claras diferenças entre nós e eu gosto disso.


一 Amanhã a gente pode ir no cinema. 一 Lou Ellen sugeriu na ligação em grupo.


 Cecil fez um barulho terrível comendo e Lou o repreendeu, mutando seu áudio em seguida.


一 Tenho projeto de Artes para fazer até terça. 一 Rachel se justificou. 一 Mas vou tentar.


 Mordi o lábio ao responder uma questão de Química, pensando no compromisso que tinha programado.


一 Não vou poder ir. 一 Disse, tentando desenhar o átomo do livro no caderno.


一 Já tem algo pra amanhã? 一 Cecil questionou ao ser desmutado.


 Fechei meu estojo após pegar a borracha para pegar o desenho. Eu jamais seria bom com gravuras como Rach e meus esboços deixam isso claro. Além de que não me concentro quando estou desconfortável com algo ou alguém.


一 Já, sim. Eu... 一 Mordi o interior da bochecha, como se isso fizesse focar. 一 ... vou sair com Nico amanhã à tarde.


 Ouvi meus amigos rirem de mim, o que me fez ter certeza de que eu não deveria ter dito aquilo.


一 Só não nos troque pelo seu namoradinho, você tá me ouvindo? 一 Rachel ria, mas falava sério. Revirei os olhos, mania que peguei de Nico.


 O que vinha acontecendo? Eu estava começando a sair do trabalho uma ou duas horas mais tarde, o que, juntando as horas extras, me resultavam em um dia de folga na semana a qual eu passava com o moreno depois da aula. Descobri que o cara que o "busca" se chama Jason e é seu primo favorito. Talvez eu tenha passado muito tempo com Nico nesse último mês.


一 Ele não é meu namorado. 一 Me controlei para não acrescentar uma palavra a sentença.


一 Ainda, né? 一 Cecil entrou na brincadeira.


 Lou estava prestes a dizer algo, mas saí da ligação e silenciei seus contatos. Eu não precisava ser lembrado da minha forte paixão por aquele garoto por meus amigos se meu coração e minha mente já faziam isso o bastante. Pode parecer infantil da minha parte, mas aquilo já estava me incomodando e eu, aos poucos, virei a piada do grupo. Eu não precisava e não queria isso.



☀           ✲         



  No sábado, perto de início da tarde, eu estava nervoso. Já tinha separado o que ia usar e só o encontraria no local do encontro, mais ainda sim eu parecia estar morrendo de ansiedade (eu estava sim, só pra constar). Apesar de eu já ter aceito o fato de gostar dele pra valer, não me desce ele reagir bem e corresponder aos meus flertes bobos.

 Ele é Nico Di Angelo, o emo gótico popular da escola que todo mundo, exceto alguns poucos (e poucas idiotas), quer pegar e ele fica colado em mim ao invés de ir beijar uma garota do nono atrás da quadra. Não melhora o fato de me compararem a Frank por causa do nosso jeito calmo e controlado. O cara é altão, forte e capitão do time de vôlei. Eu sou apenas alto e... nerd. Esse sou eu. Nenhum título.

 Sinto que estou mentindo para mim mesmo quando os outros me encaram nos corredores. Eu não sou importante, não tenho uma habilidade especial além de ler 200 páginas em três horas  e fico na minha a maior parte das aulas. Sou grato a Leo por me incluir, mas... não me encaixo.

 Todo e qualquer pensamento auto-depreciativo que estou tendo evapora quando o vejo. Ele está usando uma camisa preta de manga curta com estampa dos ossos do tronco humano: Costelas, coluna, clavícula, saboneteira (pode pesquisar) e etc. Além de calça jeans rasgado e o tênis preto dele. O cabelo estava preso em um rabo de cavalo, dando um destaque aos brincos de cruz prateada.

 Ele me analisava com atenção, o olhar intenso demorando em cada parte do meu corpo. Naquele dia, estava usando uma camisa cinza do Star Wars, meu blazer xadrez verde, calça azul-clara jeans e meu all-star da mesma cor da calça. Não era nada deslumbrante, mas Nico parecia gostar do que via.


一 Você está fascinante. 一 Estendi a mão e ele a pegou, entrelaçando nossos dedos. 一 Tão bonito...


 A sensação do calor da sua pele contra a minha, nossos dedos enroscados, o sorriso em seu rosto angelical e seu olhar cativante me encarando tão afetuosamente. Parecíamos um casal.

 Vocês se conhecem há um mês! Só para, cara.


一 Você também. 一 Disse ele, não mais alto do que um sussurro. 一 Um colírio aos olhos, Solace.


 Sorri, sentindo o rosto levemente quente.


一 Tá inspirado, né?


 Rimos juntos enquanto ele revira os olhos.


一 Nem me fale. 一 Ele diz, apertando minha mão na dele e me guiando para dentro. 一 Tu não tem ideia de quantos filmes de romance Haz me fez assistir com ela essa semana.


 Tento não pensar nisso como um flerte, mas a maneira como ele fala isso olhando no fundo da minha alma não colabora. Mantenho minha euforia sob controle e vamos pegar nossa senha de atendimento. Escolhemos um canto para esperar, conversando sobre algo da escola. Todas as minhas preocupações sumiram, até que...


一 Puxa vida. 一 Uma garota parou em nossa frente, sorrindo. 一 Vocês são um casal bonito.


 Nico e eu enrubescemos, mas nenhum de nós fez sequer menção de se afastar. Nos entreolhamos, como se discutíssemos quem ia falar pra ela que não era bem assim. A situação já estava vergonhosa. Não queríamos que piorasse, então, com toda a cautela e calma do mundo, me virei para a garota e educadamente expliquei.


一 Nós não somos um casal.


 A garota devia ter uns onze anos e olhou de mim para o moreno de forma analítica.


一 Geralmente só focamos de mãos dadas com um parceiro romântico ou com quem gostamos. Vocês gostam um do outro?


 Di Angelo sorriu.


一 Talvez gostemos um do outro.


 Ela deu um risinho e foi embora. Eu não queria pensar nos meus sentimentos, mas o coração acelerado e eufórico em meu peito não me permitia esquecer. Olhei-o nos olhos, admirando-o em silêncio. Nico é tão perfeito, carismático e... descolado. Por que ele disse isso? Como ele gostaria de alguém como eu?


一 Por que tá me olhando assim? 一 Ele parecia meio envergonhado, sorrindo daquele jeito.


 Enquanto isso, pegamos nossos lanches e nos sentamos em uma mesa. Eu me sentia perdido pela intensidade dos meus sentimentos por ele.


一 Assim como? 一 Devolvi a pergunta.


一 Como se eu fosse uma obra de arte.


 Sorri, vendo-o colocar o canudo no copo. Ele é absurdamente lindo e cativante.


一 Porque você é. A mais bela delas.


 Seu sorriso constrangido é ainda mais adorável do que seu cabelo preso. Angelical é tudo o que o define. Comemos em silêncio, as vezes trocamos olhares. Eu mal podia acreditar que aquilo estava acontecendo. Há dois meses, eu vivia uma rotina sem muito entusiasmo e agora eu estava ali, vivendo uma espécie de conto de fadas na vida real.


一 Will. 一 Chamou-me Nico. 一 Posso perguntar algo?


一 Qualquer coisa que quiser.


一 Seu nome é Will Solace mesmo?


 Mordi meu lanche.


一 Will, na verdade, é apelido. 一 Admiti.


 Nico pareceu curioso.


一 Qual é o seu nome inteiro?


 Suspirei, meio desconfortável.


一 William Andrew Solace.


 Ele ponderou um pouco.


一 Nome composto.


一 É, eu sei. 一 Corei, tímido.


一 Gosto de nome composto. O seu é bonito.


 Abri um sorriso.


一 E o seu? Qual é o seu nome completo?


一 Nicole Di Angelo.


 No primeiro momento, fiquei surpreso, mas depois percebi que estava brincando. O sorriso de canto e o brilho nos olhos o denunciavam. Inclinei um pouco o rosto, segurando-o em uma mão.


一 Está mentindo pra mim, Shadow Guy?


 Ele riu, entendendo minha ironia.


一 Jamais, Sunshine. Meu nome é Niccolò Di Angelo.


 Peguei sua mão por cima da mesa.


一 Seu nome é lindo, assim como você.


 Ele correspondeu, sorrindo todo bobo ao apertar minha mão. Nico e eu comemos e conversamos sobre outros assuntos até dar umas seis da noite. Decidimos que era melhor voltar para casa e andamos juntos até a residência da família Di Angelo-Garder. Ele me falou sobre seu pai e seus primos, incluindo, Jason e Percy, que eu já tinha visto antes.

 Mas foi ao se despedir que meu coração deu quatro mortais em um milésimo de segundo. Ele ficou na ponta dos pés, se apoiando em meus ombros para alcançar o meu rosto, e me deixou um beijo terno na bochecha. Não lembro como voltei para casa nesse dia.




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