Era de manhã e Will sabia que o namorado não era nada amigável e menos sociável ainda nessa hora do dia, mas tinha que acordá-lo. Era seu dever. Obviamente, levou alguns discos de vinil na cara, gritos e xingamentos. De qualquer jeito, conseguiu pegar o moreno, pôr por cima do ombro e levá-lo a força para o refeitório.
Piper estava na porta do chalé de Afrodite, trançando o cabelo, e viu o casal passando: Will com uma leve cara de aborrecido, e alguns hematomas roxos pelo rosto, carregando um Nico mal-humorado e boca podre (na visão das pessoas da época de 1940) por aí.
一 Will, me solta! 一 Exigiu o menor.
一 Não posso fazer isso, Garoto da Morte. Tenho que te levar pra comer, senão tu vai desmaiar por hipoglicemia no meio do treinamento 一 Explicou o loiro, impaciente, mas gentil.
一 Vai pro inferno, bastardo. Il tuo disturbatore del mio sonno. Buttami giù, idiota.
一 Rilassati, amore 一 Suspirou o filho de Apolo.
Nico não queria se acalmar.
一 Me põe no chão, Solace!
一 Não posso, minha vida 一 Repetiu Will, amorosamente 一 Eu não quero que você adoeça porque conseguiu burlar o café-da-manhã. Só um pão com manteiga, por favor 一 Pediu o garoto mais velho, já meio triste.
O filho de Hades suspirou derrotado e cruzou os braços.
一 Certo, certo 一 Cedeu ele.
一 Muito, muito obrigado, Di Angelo!
一 De nada, Will...
Piper sorriu vendo os dois cruzarem a estrada até o refeitório. Ela pegou um relógio pequeno do bolso e olhou a hora. Estava atrasada. Shel ia matá-la.
Comentários
Postar um comentário